Pesca de Tainha com caniço

   A tainha e o garrento são das muitas espécies de tainhas as mais comuns na nossa costa, peixes bastante desconfiados uns excelentes nadadores com uma visão bastante apurada que comem por sucção daí as ferragens serem tão difíceis.
  São dos peixes que mais contribuem para o aperfeiçoamento técnico em ação de pesca, daí o material a usar deve ser o mais ligeiro e ultra fino, para que sejamos bem sucedidos.
   Um peixe que se alimenta de ovos de outros peixes, pequenos animais marinhos e fitoplâncton que são algas microscópicas em suspensão.
    Vem daí o gosto da nadar à superfície e à meia água à procura de alimento.

  O engodo

- Sardinha gorda e fresca, pois a gordura e o sangue da mesma é uma regra fundamental. 
- Um pouco de óleo de sardinha para dar mais gordura e cheiro ao engodo e farinha da Sensas APMUL que serve de excitante e ajuda a encardumar as tainhas.
- Pisando mais ou menos 15 sardinhas gordas por cada balde, bem trituradas, junta-se água à medida que se vai pisando seguindo-se de duas rolhas de óleo de sardinha e de um pouco menos de 1/4 de pacote de APMUL, pisando e misturando com um pouco de água de vez em quando até obter uma calda espessa. 
- Os primeiros baldes podem ficar assim com o engodo um pouco grosso até meter o peixe no pesqueiro.
- Quando o peixe já está no pesqueiro os seguintes baldes de engodo devem ser mais bem triturados e aguados a fim de encardumar as tainhas engodando compassadamente o pesqueiro com uma concha, estando quase sempre a salpicar o mesmo com a finalidade de manter o peixe no pesqueiro, mas não de lhe dar muito de comer.
- Deve-se utilizar a técnica de embebedar ou seja encardumar as tainhas e só depois de elas estarem à vontade no pesqueiro sem temor da cana e do pescador sôfregas com o engodo é que se inicia a pesca.
- Em docas, estuários, águas com pouca corrente e pouco profundas pode-se utilizar o APMUL conforme está indicado no pacote.
- Para não perder tempo a fazer o engodo na hora da prova, pois o tempo e a rapidez é precioso, pode fazê­lo na véspera usando uma vasilha com tampa de plástico não a enchendo até cima e pondo-a na arca das sardinhas para não fermentar. 
- Duas ou três horas, não mais para não correr o risco de o engodo ficar em pedra, congelado. Duas ou três horas antes da prova adicionar o pacote de APMUL.

A isca

    A técnica de iscar e as iscadas dependem do tamanho do peixe e como ele anda a comer, se à superfície se à meia água.
   Sendo a tainha um dos peixes que come por sucção tatiando as iscadas nas beiçolas, estas devem ser as mais pequenas a tapar o anzol no caso da tainha.
   Para a tainha grande um pequeno lombinho a iscar tipo minhoca costuma dar resultado pois ela não consegue roubar pe­las pontas e é tentada a sugar.
   Outra hipótese de ser feita a iscada é com três beliscos porque se ela con­seguir roubar um ainda ficam dois. 
   Iscas: sardinha, minhoca, savelha e chicharro
   Deve-se iscar com a sardinha com que se engoda.
   No verão engoda-se com sardinha fresca e pesca-se com a mesma.
   No Inverno engoda-se com sardi­nha congelada e isca-se com sardinha congelada mas da solta, devendo esta ser preparada da seguinte maneira: Deixe descongelar 1 ou 2 kg de sardinha em sal. Quando está descongela­da embrulhe-a num pano para enxugar e ponha mais umas pedras de sal para enrijar.

A técnica
  
   O êxito desta pesca baseia-se na atenção visual seja com a bóia dentro dágua a ver o seu suave mergulhar ou a pescar com ela no ar, isto é a pescar ao tento a ver, ferrando assim que deixamos de ver a isca, temos que ser rápidos na ferragem pois de contrário ela comê-la-á como quem come azeitonas, deitando o caroço fora.
   Na calibragem das bóias aconselha-se a pôr uma oliva, bem como a distribuição do chumbo pela linha depende da altura de água em que o peixe se encontra.

Conselhos 


1 - Se tiver o sol pelas costas procure  não fazer sombra na água assim como pescando agachado evita mostrar-se ao peixe, não devendo usar vestuário com cores fora do ambiente em que se encontra.
2 - Utilize chumbo fendido macio para calibrar as bóias e não ofender a linha e que sejam velhos para não brilharem dentro d'agua.
3 - Se for pescar ao tento, com a bóia fora de água e ver a tainha sugando a isca, tira-se mais rendimento pescando com anzóis sem barbela pois, muitas vezes, se desferram-se sozinhas dentro do balde.
4 - Ás vezes podemos corricar um pouco a isca para atrair a atenção da tainha.
5 - Quando se ferra uma tainha grande a desvie do pesqueiro para não assustar as outras.

Material de Pesca 


* Carretilha pequena e rápida pois não podemos perder tempo e também precisa arremessar o  conjunto: bóia, chumpo e anzol ( ex.: titan 10.000 ou similar );







 
* Varas compridas ( + ou - de 6 metros );










 

* Linhas finas e resistentes ( devem ser invisíveis na água );







* Anzóis pequenos, fortes e da cor preta pois não pode brilhar dentro d'agua( anzol pra pacu é um deles );











* Bóias finas e compridas ( existem algumas à venda no mercado específicas para esse tipo de pesca );







Eu ainda não tive a oportunidade de realizá-la, mas o farei quando tiver.Para todos aqueles que resolverem praticar esse tipo de pesca, que tiverem paciência, tempo e um lugar propício, desejo muita sorte.


Leia mais << AQUI >>

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário e/ou dúvida que responderei o mais breve possível.