A história dos molhes de Rio Grande

Os molhes de Rio Grande, a muitos anos ,são o ponto de entrada de navios e barcos que precisam chegar a cidade de Porto Alegre e também são considerados ponto turístico da Lagoa dos Patos.

Os molhes do Cassino foram construídos entre 1911 e 1919 pela Compagnie Française Du Port de Rio Grande, um consórcio constituído exclusivamente com esse objetivo. Os paredões foram feitos com blocos de pedra de até dez toneladas, levadas de Capão do Leão, a 90 quilômetros do Porto de Rio Grande.


O molhe oeste, no Cassino -- um balneário que é distrito de Rio Grande --, tem 3.160 metros de extensão. O leste, no município São José do Norte, tem 4.220 metros. Os paredões foram feitos com blocos de pedras de até 10 toneladas, lançadas umas sobre as outras com guindastes. Esses blocos foram levados de Capão do Leão porque, na região do porto. não existem pedreiras. Eles eram embarcados em ferrovia e dessa forma seguiam até os dois braços de pedra que avançam mar a dentro. A obra empregou em seu pico cerca de 4 mil operários e consumiu, até 1919, 4 milhões e 500 mil toneladas de rochas.
 

Os trilhos que serviram para a movimentação das pedras foram preservados na área dos molhes e, atualmente, servem para o turismo. Ali podem ser feitos passeios de vagonetas, uma das principais atrações do balneário do Cassino durante os períodos de veraneio. Os dois molhes estão situados um de cada lado do canal de acesso ao Porto de Rio Grande, uma faixa de 14 quilômetros de extensão por 200 metros de largura, também utilizada para ligar os portos fluviais de Porto Alegre e Pelotas com o Atlântico.

Os molhes fixam a barra do canal e o protegem da ação das ondas e do assoreamento natural, garantindo a navegação em condições seguras.

Durante sete décadas essa enorme estrutura de pedras não teve qualquer manutenção ou conservação e, durante as décadas de 80 e 90 começaram a surgir sérios problemas. O molhe leste cedeu em vários pontos e a areia movimentada pelas águas do mar começou a invadir o canal, colocando em risco a navegação.

Diante disso iniciou-se em 1995 a recuperação dos molhes, uma obra de aproximadamente 140 milhões de dólares que foi concluída em 1999. Com isso, foram lançadas ao mar exatamente 450 mil toneladas de pedras e 106 mil toneladas de tetrópodes (blocos de concreto produzidos em formas de aço) nos 4.220 metros do molhe leste.

Atualmente, os molhes estão em obras de prolongamento e devem ser concluidas em dezembro de 2011, segundo Marcos Pitanguy. O molhe oeste ficará com mais 700 metros e o molhe leste terá mais 370 metros.
O investimento total, pelos cálculos atuais, somam R$ 520 milhões com recursos da União.
Entre 2002 e 2006, por problemas no licenciamento ambiental e apontamentos do Tribunal de Contas da União de irregularidades, a obra ficou paralisada, sendo retomada em janeiro de 2007. Com o prolongamento dos braços de pedras, o calado passará para 16 metros, podendo chegar a 18 metros e se tornar um "Hub Port" do Mercosul.

www.portogente.com.br
Hub port consiste em um porto concentrador de cargas e de linhas de navegação. O termo decorre das estratégias de aumentar o tamanho dos navios, concentrar rotas e reduzir o número de escalas adotadas pelas principais companhias marítimas, notadamente a partir dos anos noventa.
Os hub ports permitem que os grandes porta-contêineres sejam carregados e descarregados numa única parada por região. Se isto não acontece, os custos por unidade transportada aumentam significativamente, já que os navios, além de executarem várias paradas, são foçados a viajar parte do percurso com elevada capacidade ociosa. Esses custos, por sua vez, são repartidos equanimimente entre os clientes daquele percurso, já que os armadores, valendo-se do poder de mercado para maximizar a receita, tendem a cobrar o mesmo frete para todos.

Um comentário:

  1. moro prócimo a os molhes da barra e é lindo cada amanhecer

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