O danos da rede de arrasto usado na pesca do camarão rosa na Lagoa dos Patos

O verão está aí e, com uma promeça de grande calor, águas com nível abaixo do normal para esta época do ano, os pescadores de camarão estão esperançosos de uma ótima safra e de lucros altos. Todos já estão com suas redes prontas, só esperando que a água salgada entre na Lagoa dos patos.
A temporada de captura do camarão já começou, segundo o período de defeso instituido pelo IBAMA e como consta neste link. Estuário da Lagoa do Patos no Estado do Rio Grande do Sul - área compreendida entre a confrotação com Arambaré e a Barra do Rio Grande.

Mas quais os problemas que a rede de arrasto, usada na pesca do camarão rosa, causa para a Lagoa dos Patos e todos os seres que dependem dela? Ao certo não se sabe, mas isso é praticamente uma questão de lógica ou talvez de bom senso.
Peixes como a tainha, a corvina e o próprio camarão rosa se alimentam de algas e plánctons presos às pedras e vegetação do fundo da lagoa, na verdade é o processo da cadeia alimentar onde os maiores comem os menores. Os camarões comem os plánctons, a corvina come o camarão, o bagre por sua vez come as corvinas pequenas, e assim por diante.
Quando a rede é arrastada pelo fundo, todos os micro organismos, algas e plánctons são destruídos
ou danificados, diminuindo a quantidade por metro quadrado. 
Isso sem falar que, numa rede de arrasto, junto com o camarão vem outros peixes menores que ainda não atingiram o tamanho ideal para a sua captura e nem de se reproduzirem. O que também pode ser considerada "pesca predatória" e que é passível de multa, apreensão do equipamento e até de prisão. Como eu disse anteriormente, é uma questão de lógica.


Como funciona a rede de arrasto:
Segundo consta no wikipédia, "as redes de arrasto podem ser puxadas manualmente por pescadores a pé, geralmente da praia ou dum banco de areia, num tipo de pesca artesanal denominado arrasto para terra ou para a praia. Normalmente este aparelho é construído pelos próprios pescadores, quer utilizando redes tecidas de fibras naturais ou de fio de pesca, seja com redes e cabos de fábrica. A rede é geralmente lançada à água a partir duma embarcação, que pode ser uma simples canoa ou uma lancha a motor ou à vela; uma ponta do cabo fica em terra e o barco faz um arco do tamanho da rede para entregar a outra ponta aos pescadores que se encontram do outro lado da praia.
As redes de arrasto industriais são geralmente de maior tamanho que as artesanais e são puxadas por arrastões, barcos equipados para esta operação. O equipamento principal para esta atividade é um ou dois guinchos que enrolam e desenrolam os cabos das portas. As portas são placas mais ou menos planas que ficam presas transversalmente ao cabo do alador e das asas e que mantêm a rede aberta durante o arrasto; na sua forma mais simples, eram placas de madeira planas, muito parecidas com a porta duma casa.
Existem dois tipos de rede de arrasto: a rede de arrasto no fundo e a de meia-água; nesta última, a quantidade de pesos e flutuadores é regulada para manter a rede à profundidade pretendida."

Alguns estudos estão sendo feitos sobre o impacto da rede de arrasto sobre o leito da Lagoa, mas até agora não chegaram a uma conclusão científica. 

A foto ao lado, do site guia de pesca, mostra bem o dano que a rede de arrasto causa.

Esperamos que também os pescadores tenham consiência do prejuíso que esta prática causa ao meio ambiente e que no futuro, seus filhos possam capturar grandes quantidades de peixes como seus pais e avôs à anos atrás fizeram.

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