Fonte: www.popa.com.br

Quem já navegou à noite sabe da importância de um farol. O navegante vai seguindo na escuridão, orientado por instrumentos, cartas náuticas e outras informações.
Nada se vê adiante da proa. Quem nunca navegou à noite não faz idéia do que seja isso. É preciso saber confiar nos dados que se tem. Embarcações não usam faróis para iluminar o caminho. Mantém-se acesas as coloridas luzinhas de navegação para que se possa ser visto por outros barcos (verde à dir, encarnada à esq, e branca à ré).

Mesmo com todos os atuais apetrechos tecnológicos, a luz de um farol é a confirmação mais segura do rumo seguido. É a que traz mais alívio. Não há tela de radar nem GPS que proporcione a enorme satisfação de se enxergar a primeira tênue piscada do farol ainda lá longe. É algo real. Está ali, indiscutivelmente, isto é, não tem bits nem bytes no meio, nem regulagem de ganho de radar, nem a geometria dos satélites do GPS a considerar.
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Vejam só a pérola que este comandante deu-se ao trabalho de enviar aos visitantes do popa:
"....escavou-se o terreno à uma profundidade a encontrar bastante água, estacou-se com 84 moirôes de lay toda a superfície, sobre os quaes engradou-se com vigas de ley na distância de tres palmos de uma a outra, e depois de incavilhadas encheu-se os entrevallos de pedra secca bem calcada: sobre este engradamento levantou-se a sapata de pedra e cal até 10 palmos, e sobre esta levantarão se as paredes da torre e as das meios águas seguindo sempre com a planta em vista. Acha-se presente esta obra com os arcos fechados do 2º pavimento e a receber o respectivo madeiramento, e a 45 palmos de altura acima do terreno...."
(Correspondência do intendente do estado para o vice-rei no Rio de Janeiro, no seu relatório de atividades de 9/março/1859; 1 palmo = 21cm)
(Correspondência do intendente do estado para o vice-rei no Rio de Janeiro, no seu relatório de atividades de 9/março/1859; 1 palmo = 21cm)
Clique no link do início da postagem para ler mais sobre o farol Cristóvão Pereira.

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